E eu acreditava que o Estado era Laico
19/04/2012 Em um encontro da igreja Assembleia de Deus , o ministro Gilberto Carvalho diz ter sido vítima de uma "polêmica inútil" com os evangélicos.
No Fórum Social em Porto Alegre, em janeiro deste ano, ele havia dito que o Estado devia fazer uma disputa ideológica pela nova classe média, que estaria sob hegemonia de setores conservadores.
O episódio causou desgastes com o setor evangélico que era o principal apoio para a eleição da presidente Dilma Rousseff em 2010.
Carvalho, desculpou-se publicamente após os evangélicos ameaçarem cortar relações.
No evento de ontem,com o bispo Manoel Ferreira, presidente da Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil, o ministro renovou o compromisso feito por Dilma antes da eleição em não apresentar projetos de lei sobre questões como casamento homoafetivo e aborto.
Carvalho elogiou a atuação da igreja e defendeu uma parceria entre religiosos e o governo. "Eu não acredito que o Brasil possa mudar sua história se não for com uma forte parceria entre o governo e as igrejas. E a Assembleia de Deus ocupa, nesse aspecto, um papel muito particular", afirmou.
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), também estava presente ao encontro da Assembleia de Deus. Ele está sendo acusado de envolvimento com o empresário Carlinhos Cachoeira, preso sob acusação de explorar jogos ilegais e corromper autoridades.
Durante as eleições, o governador teve amplo apoio dos evangélicos. O bispo Ferreira também pediu que o governador fosse aplaudido de pé pelos presentes. "Ele é um homem solidário, uma pessoa série, de comportamento exemplar", disse.
Ferreira afirmou ainda estar fazendo "incessantes orações" a favor de Agnelo, para que "Deus lhe dê forças". Nem o ministro nem o governador quiseram falar com a imprensa ao final do evento.
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